VALEU, XERIFE !
Mesmo que com um temperamento eventualmente pouco recomendável para um Capitão, não há como se negar a importância do Fabio Luciano para a nossa equipe. A liderança, que desde Joel não vem da boca do túnel, exercida por ele ao longo desses dois anos UNIU o nosso elenco, mesmo com os intermináveis atrasos salariais. Lá de trás comandou todo nosso sistema defensivo e se transformou na nossa “bola de segurança”, quando a situação apertava. Na hora que precisava dar chutão, o fazia sem o menor constrangimento, mas, na maioria das vezes, demonstrava sua grande categoria.
E a sua passagem por aqui coincide com o crescimento técnico do seu companheiro de zaga e possivelmente este tenha sido seu maior legado. O nosso verdadeiro RONALDO que é, com MUITO ORGULHO, o Angelin (nosso primeiro gol na decisão foi dele): de reserva do reserva na Gávea, acabou se transformando em peça IMPRESCINDÍVEL após sua chegada.
Mas que não se iludam nossos dirigentes, achando que reduziram nossa folha salarial em 300 mil com a sua aposentadoria. Nosso elenco NÃO POSSUI substituto à altura e, para a disputa do Brasileiro, é imperativo trazermos um jogador de indiscutível qualidade para ocupar a sua vaga.
Da mesma forma que, se pretendemos disputar o Brasileiro com a intenção de manter o patamar atingido nos últimos anos, TEMOS QUE manter o Bruno. Por mais atrativas que sejam as propostas feitas por ele, para um clube em constante penúria financeira, nossa diretoria não pode cometer o erro de se deixar seduzir.Deste nosso último TRI ele tem, pelo menos, responsabilidade direta (e decisiva) em dois títulos. Ao confessamente fazer cera para que a decisão fosse para os pênaltis, demonstrou toda a autoconfiança de um goleiro diferenciado. É ídolo da torcida e tem chances reais até de chegar à Seleção, o que o valorizaria ainda mais. Portanto, que enxuguem nossa folha de outras formas, mas o Bruno PRECISA FICAR.
ADRIANO
Sei que este é um assunto polêmico e que alguns vão discordar, mas não há como se ficar em cima do muro no que se refere à sua vinda. Para quem conta no elenco com Josiel e Obina, considero que seria até uma heresia rejeitá-lo. Prefiro um Adriano mamado, cheirado, gordo, sem mulher e deprimido, ao nosso time jogando com doze e com Obina e Josiel juntos. Sua participação no time do São Paulo no ano passado não deixa a menor dúvida quanto às vantagens que a sua vinda representaria. É um atacante que possui um chute FORTÍSSIMO (que anda tão em falta na nossa equipe), com estatura bastante para aproveitar os inúmeros e infrutíferos cruzamentos que costumamos fazer para as áreas adversárias e tem a força nas divididas contra os zagueiros como sua marca registrada.
Seu maior problema parece ser a falta de um carinho, que a nossa NAÇÃO certamente vai lhe proporcionar. Minha única restrição ao jogador é o fato da sua presença aqui representar para a Gávea a convivência com o seu ODIOSO empresário por quem nutro muito mais do que uma mera antipatia. Na realidade sinto NOJO. Aproveitou-se da DESONESTIDADE vigente na Gávea (já naquela época) e na emergência de um determinado momento financeiro (nosso presidente na época corria o risco, E MERECIA, ser preso) para nos enfiar goela abaixo o PIOR negócio do nosso LONGO histórico de engenharias financeiras mal sucedidas.
PENTATRI
Intervalo de jogo, dois a zero a favor, um banco indiscutivelmente melhor; torcida eufórica e o PENTATRI parecendo uma mera questão de meio tempo. Quando o Bruno defendeu o primeiro pênalti logo no início do segundo tempo, se passasse naquele momento um vendedor de faixas de Campeão por mim, teria adquirido logo a minha com medo de que elas se esgotassem até o final da partida.
Só que o futebol se encarregou de mostrar, mais uma vez, que é exatamente a sua imprevisibilidade que o faz ser tão apaixonante.
Uma inesperada reação alvinegra calou nossa torcida, transformou nossa confiança em desespero e por pouco não transforma nossa festa em mais um MICAÇO de proporções bíblicas. E só não se transformou porque o complexo de inferioridade que impingimos aos nossos adversários cariocas nos últimos anos, fez com que o da vez considerasse que o empate já era um milagre e se retraíssem novamente para garanti-lo. Nossa torcida percebeu este momento de fraqueza adversária, voltou a empurrar nossa equipe e acabamos voltando a controlar o jogo no final, mesmo que isto significasse expor mais uma infinidade de demonstrações da incapacidade do nosso ataque.
Uma inesperada reação alvinegra calou nossa torcida, transformou nossa confiança em desespero e por pouco não transforma nossa festa em mais um MICAÇO de proporções bíblicas. E só não se transformou porque o complexo de inferioridade que impingimos aos nossos adversários cariocas nos últimos anos, fez com que o da vez considerasse que o empate já era um milagre e se retraíssem novamente para garanti-lo. Nossa torcida percebeu este momento de fraqueza adversária, voltou a empurrar nossa equipe e acabamos voltando a controlar o jogo no final, mesmo que isto significasse expor mais uma infinidade de demonstrações da incapacidade do nosso ataque.
Vendo o jogo ir para os pênaltis, me assustei. Lembrei de um monte de tristezas causadas por eles na minha vida e temi a possibilidade de vivenciar mais uma.
OBRIGADO, meu QUERIDO Marcio Tend !!! Sua confiança era tanta, que me contagiou e acabou me poupando de algumas descargas de adrenalina a mais.
Cheguei em casa exausto. Parecia que acabara de correr uma maratona. Faltei até ao encontro com o nosso amigo Bravin, pois, após o banho, acabei capotando no sofá assistindo a reprise das cobranças de pênaltis.
E não precisava ter sido assim. Sou o primeiro a nos reconhecer como meros palpiteiros apaixonados, mas é inevitável questionar as substituições do nosso treinador durante a final. Superstição que o faz trocar de camisa no intervalo pode até ser visto com bom humor, colocar em campo um jogador pelo mesmo motivo é IRRESPONSABILIDADE. A entrada de Obina, por si só, já seria injustificável, mas o fato de ter sido no lugar do Erick Flores, e naquele momento, foi absolutamente inaceitável. Entenderia Toró ou até o Zé Roberto. Obina NÃO! Em último caso, então, que fosse no lugar do Emerson. Se o Bruno não o tivesse salvo, a carreira do nosso treinador ficaria definitivamente marcada muito mais por incompetência do que pela sua falta de sorte em finais. Você deu sorte, Cuca. Você deu MUITA sorte!
O que vai ser de nós agora? Não temos mais pelo que lutar no cenário regional. Sete em onze. EU DISSE: SETE EM ONZE !!! Não precisamos nem mesmo ter uma atuação convincente durante a competição para conquistarmos o título. Não há mais o que se disputar por aqui. Sendo assim, nossa obrigação é partir para competições Nacionais. E não vai dar tempo nem de deixar baixar a espuma do colarinho e pedir as batatas fritas, que já precisamos pedir a conta para partir pra outra. Domingo tem Cruzeiro e hoje já tem outra final.
Fomos medíocres aqui e agora precisaremos fazer o resultado lá. Vale uma vaga para encarar o Inter e a obrigação de fazer gol hoje chega a me causar arrepios. Vou torcer para que eles tenham comemorado o título conquistado muito mais do que os nossos jogadores comemoraram o nosso.Somos PENTA TRI sim, mas PRECISAMOS almejar mais. Merecemos sonhar com mais. Somos o MAIOR DE TODOS e esse é o nosso destino.
PRA CIMA DELES, MENGÃO !!!