CALENDÁRIO
Quem são os homens que traçam o nosso calendário e com base em que eles o organizam? O que pode justificar o fato de uma equipe decidir um campeonato no domingo, jogar uma partida eliminatória na quarta (a mais de três mil quilômetros de distância) e estrear na competição mais importante do país (também fora de casa) já no domingo seguinte contra um concorrente direto?Esta maratona visa defender os interesses de quem? Do Flamengo e seus atletas certamente que não é.E o pior é que hoje já seremos obrigados a enfrentar um dos times mais fortes do país e com a obrigação de vencê-los também. Quem é o responsável por isso e quem será o nosso representante na hora de se aprovar um calendário como este?
ENCARANDO O TIME DA MODA
Longe de ser fã do nosso treinador, mas tomando o cuidado para não ser injusto, procuro entender a sua opção pela escalação de um jogador no time titular que andava meio esquecido e, por algumas vezes, nem mesmo constava como opção no banco de reservas. E pela movimentação demonstrada pela nossa equipe contra Fortaleza e Cruzeiro não parece ser muito difícil entender sua intenção. Contra o Cruzeiro, inclusive, jogamos um dos melhores, senão os melhores, quarenta e cinco minutos deste ano.
Criamos uma INFINIDADE de oportunidades, que, infelizmente, só serviram para reforçar ainda mais a nossa convicção de que precisamos URGENTEMENTE melhorar nosso aproveitamento nas conclusões. Só nos primeiros vinte minutos foram quatro chances CRISTALINAS de gol, mais um pênalti desperdiçado e mal corrigido. Acabamos cometendo um (por alguns considerado duvidoso) infantil e absolutamente desnecessário, que foi convertido. Isso nos obrigou a modificar uma forma de jogar que estava dando certo e a sairmos para buscar o resultado. E dominamos o jogo a ponto do treinador adversário (embora com um jogador a menos) terminar a partida sem atacante algum. Enquanto isso, o nosso ataque simplesmente continuou se recusando a funcionar e foi incapaz de concretizar as oportunidades que continuaram aparecendo. É preciso que nos lembremos que estávamos enfrentando um candidato ao título em sua própria casa.
Este é um espaço TOTALMENTE democrático e estejam absolutamente à vontade para discordar, mas achei que a entrada do Everton deu mais liberdade para o Juan (atuar como um verdadeiro meia) e compôs o nosso lado esquerdo, onde o nosso lateral era obrigado a se limitar à eventual, e temerária, companhia do Angelin.
Não devemos ser simplistas a ponto de achar que esta tentativa já deu errado e que nosso treinador é uma besta. Se o Everton tivesse feito o gol, depois daquele LINDO drible da vaca no zagueiro cruzeirense, muito possivelmente estaríamos todos aqui dizendo que o Cuca é “bestial” por tê-lo escalado. O fato é que as decepcionantes atuações do próprio Juan e do Leo Moura (além de todos os inoperantes atacantes que entraram) contra o Cruzeiro se incumbiram de nos privar de uma avaliação melhor desta nova formação.
Um outro aspecto que também pode ser considerado é o fato de ser grande a possibilidade do nosso Marrentinho estar se despedindo da Gávea e o nosso treinador já estar testando o Everton como o novo ala para substituí-lo.
Acredito que a preocupação agora deva ser a de se conseguir, o mais rápido possível, um zagueiro para substituir o nosso Xerife aposentado. Perdemos uma partida de seis pontos em que tivemos tudo pra vencer, mas isto não significa que nossa equipe não seja forte. Não só somos fortes como a chegada do Adriano nos coloca, SIM, entre os candidatos ao título. Se o nosso ponto fraco era o ataque, não é mais. O Flamengo tem hoje um atacante de Seleção, com uma GRANDE necessidade de provar que pode dar a volta por cima e com uma imensa vontade de voltar a jogar em sua casa.
Acredito que a preocupação agora deva ser a de se conseguir, o mais rápido possível, um zagueiro para substituir o nosso Xerife aposentado. Perdemos uma partida de seis pontos em que tivemos tudo pra vencer, mas isto não significa que nossa equipe não seja forte. Não só somos fortes como a chegada do Adriano nos coloca, SIM, entre os candidatos ao título. Se o nosso ponto fraco era o ataque, não é mais. O Flamengo tem hoje um atacante de Seleção, com uma GRANDE necessidade de provar que pode dar a volta por cima e com uma imensa vontade de voltar a jogar em sua casa.
Mas qual a melhor maneira de se enfrentar o Inter dentro da nossa casa? Seria partindo pra cima e tentando fazer logo um gol, ou trazê-los para o nosso campo e jogar no contra-ataque? O que seria mais indicado contra uma equipe entrosada e fortíssima no ataque? Este Inter de hoje é o Inter que ninguém entendeu por que não disputou o título do Brasileirão do ano passado, que finalmente encaixou e se tornou a equipe a ser batida no país neste momento. Será o nosso teste definitivo. Aquele jogo que todo boleiro gosta de jogar. Principalmente por ser uma partida que contará com a presença do principal olheiro do treinador da nossa Seleção. No jogo de hoje os vinte e dois vão correr dobrado.
E é um jogo que pode se tornar um divisor de águas. Uma derrota colocará definitivamente em cheque a capacidade do nosso treinador e a possibilidade de se começar a pensar em um novo nome se tornará cada vez mais real.Mas uma vitória sobre o “time da moda” nos fará acreditar na possibilidade de nos tornarmos TRI também na Copa do Brasil e restabelecerá nossa confiança para o Brasileirão.
Preocupado ? Estou, estou sim. E se dissesse que não, estaria mentindo. O ataque deles é mortal enquanto o nosso tem se mostrado “mortinho”. Para piorar, temos um jovem responsável pela marcação de um dos principais jogadores do país, não podemos tomar gols e precisamos fazê-los. O time deles voa em campo enquanto o nosso parece cansado pelas sucessivas decisões. Tudo parecendo contra, não é mesmo. Mas é exatamente nestas situações em que o Flamengo se mostra FLAMENGO. Aquele Flamengo que gosta (e costuma vencer), dos GRANDES desafios. Somos TRI Campeões Cariocas, vamos jogar em casa e temos que impor respeito. O adversário é forte, mas o nós também somos e a confiança tem que ser do tamanho do clube pelo qual torcemos.
PRA CIMA DELES, MENGÃO !!!