Depois de uma fase negra, que aparentemente pairou sobre a Gávea, desde os gols de um certo paraguaio obeso, até poucas semanas atrás, podemos dizer que finalmente as coisas parecem clarear no céu Rubro-negro. No Domingo de Páscoa, pudemos observar um time em campo que nos deu a certeza da vitória desde o primeiro minuto, que mostrou raça, amor e paixão mesmo a cada gol perdido, fazendo com que a torcida não desconfiasse do resultado favorável em nenhum momento. O placar pouco importou, já que saldo de gol não tem mais importância, o que valeu foi a postura tática e a dedicação integral de todos. Deu gosto de ver o Emerson dando carrinho, o Kleberson dando bicanca pra onde o nariz apontava, a dupla incansável de proteção Willians e Airton botando Conca e Thiago Neves no bolso, Ibson e Angelim com a vontade de sempre e até o sempre questionado Diego dando conta do recado. Mesmo com pouco tempo de descanso após o jogo contra o Remo, todos estão de parabéns, os jogadores e a comissão técnica, que deixou o time na ponta dos cascos nessa reta final. O Cuca merece um comentário em especial, por ter sido tão cornetado por mim e tantos aqui ao longo do campeonato, e mesmo antes do jogo, causou espanto com uma escalação que ninguém esperava. Como durante a semana o planejamento deu certo, ele foi bestial!
Não sei até quando isso vai durar, mas a alegria de ser Rubro-negro voltou!
Não confundam a alegria de ser Rubro-negro, com o orgulho de ser Rubro-negro, este existe desde que os remadores fundaram o Clube de Regatas do Flamengo e modificaram as cores originais para o vermelho e preto atual. E ainda continuará existindo por 5 minutos após o nada. A alegria, e tão somente ela, é que parecia andar hibernando em nossos corações desde a arrancada de 2007, dada a dificuldade de certos treineiros em entender o que é ser Flamengo. Qualquer criança nascida com o privilégio de torcer para o mais querido, aprende a falar “mama”, “papa” e “Isso é Flamengo, porra!”. É essa Raça que nos define. Por isso o grande Carlinhos fez tanto sucesso em suas muitas passagens pelo comando técnico do time, poucos souberam traduzir à beira do campo os anseios da nossa torcida, que muitos pensam ser exigente, mas pede pouco, muito pouco de quem veste o Manto. Nós só queremos que os jogadores em campo demonstrem vontade de vencer. Simples assim.
Hoje, longe do Rio, dou um valor enorme aos torcedores chamados off-RJ, aqueles que nunca foram a Maraca, e talvez nunca tenham a chance de ir, ou aqueles que tem apenas uma chance por ano, se tanto, de ver o Mengão jogar ao vivo. Ainda assim, são apaixonados por essa religião que nos une e não medem esforços para acompanhar alguns poucos jogos durante uma vida inteira. E todo nós sabemos que para ver o Flamengo vencer vale qualquer sacrifício, não é Seu Rosinaldo?
Que a bela e singela história pessoal do Seu Rosinaldo, inspire todos aqueles que ainda não entenderam o que significa vestir o Manto Sagrado. E que São Judas Tadeu continue iluminando o Cuca, para que ele tire a virgindade e conquiste seu primeiro título como técnico.
Vamos pra cima da cachorrada sarnenta e sem torcida!
SRN.