terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Pra Não Dizer Que Não Falei Só de Futebol.
















Os mais jovens, podem até não acreditar, mas, houve um tempo e, aqueles que tiveram sua juventude ou adolescência até os anos 80, como muitos aqui no Buteco, podem confirmar, em que pra se vencer na vida, ter um bom emprego, por conseguinte, um bom salário e uma aposentadoria digna e tranquila, era necessário estudar com dedicação e afinco e trabalhar bastante.
Profissões como, cantor, compositor, ator, pintor, escultor, jogador de futebol e mais algumas, eram vistas, até pelos pais como “amaldiçoadas”, quando não, eram e estavam muito além do alcance dos garotos nascidos e criados, em famílias e bairros pobres, tais como o cabeçudo que lhes escreve.
Até aquela época, para se vencer nessas profissões, era preciso superar a barreira do preconceito, da pecha de “suburbano”, da pobreza, muitas vezes da fome e necessidades básicas, além de ter que enfrentar o monstro do que chamávamos de “panelinha”. E, principalmente, era preciso ter um baita de um talento, muito acima da média, para que os “senhores paneleiros” o notassem e o dessem uma chance.

Hoje em dia, basta uma tatuagem (quantas mais e maiores, melhor), uma seringa de esteróide (“Bomba”), uns mililitros de silicone, um botoxzinho básico nos cornos e o sujeito está prontinho para ser um astro, ou estrela e participar de programas como o tal do BBB, transformando-se, da noite pro dia, numa celebridade. A questão intelectual, o cérebro, a cultura, isso tudo passou a ser obsoleto, quando o assunto é “fama”.
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Quem viu a reprise da novela Pantanal, pôde presenciar a última obra televisiva, onde os protagonistas, heróis e vilões e suas mulheres, eram pessoas normais, comuns, como nós e seus corpos traziam as características naturais, que os faziam, bonitos, ou não.
Até as vaquinhas daquela novela, não tomavam seus complementos alimentares. Na época, eram vaquinhas tão bonitinhas, quanto a Xuxa, a Luiza Brunet, a Claudia Raia (quando começou), a Bruna Lombardi, a Maitê Proença e, acreditem, a Roberta Close, pois nem os travecos “fenomenais” (he he) da época, se siliconavam.


O pau de merda começou, quando o Máiquel Jéquisson, inventou de tentar ser branco, como se, ao conseguir, seus filhos também nascessem com a mesma cor e assim, a humanidade foi perdendo o que eu chamo de “chave do cú”, dali pra frente, pouco a pouco, todos os valores morais e culturais foram se degringolando.
Quem cantava bem e afinado, teve seu lugar tomado por bumbuns e boquinhas da garrafa, dos grupos baianos, com suas rimas espetaculares de diminutivos, “inha” com “inha”, “paínho e maínha”. Bandas sensacionais, como o Roupa Nova, o Boca Livre, o Barão Vermelho, Paralamas, perderam seus espaços, para pagodeiros de óculos escuros (à noite) na testa, dançando passos combinados e desafinando em corus, como a porra do Karametade, que foi um dos que mais gravou e fez sucesso estragando as minhas músicas. Quem interpretava, deu seu lugar a talentosíssimos e famosíssimos “ninguéns”, como os BBBs, com suas pronúncias, do tipo “a jenti fômus”. Uma proposta amorosa, para um namoro, teve seu longo, romântico e sedutor texto, resumido ao; “Já é ou já era?”. O baile de carnaval deu seu lugar,....digo,.....teve seu lugar tomado à força, pelas micaretas e seus abadás, que, silenciosa e malandramente, tomam dos jovens seus últimos centavos, antes mesmo de entrarem nos clubes e os obrigam a se embriagarem fora deles. Chegou o funk, essa beleza de “movimento cultural”, cujo falta de conteúdo eu me recuso a comentar. É que eu trabalho com música. Só com “Música”.

Por fim, o jogador de futebol, que jogava pra cacete e que fazia seu pé de meia economizando por anos seu salário de 10, 20, ou 30 mil cruzeiros, foi substituído pelo maratonista musculoso, que não joga porra nenhuma e reclama de só estar ganhando 150, 200 mil,....euros, além dos “direitos de arena”.

Aaaahhhhh,....meus queridos anos 80...!!! .....Quanta saudade do Maracanã com 150 mil pessoas,......dos golaços do Galinho,....da subida na rampa para as arquibancadas, lado a lado com a torcida adversária, sem covardes brigas de galeras,.....da cervejinha, comprada nos ambulantes,......do cachorro quente Geneal,.....do Mate “Espumadinho”,.....
Me fez lembrar uma música do José Augusto, que diz: “_É melhor querer e depois perder, que nunca ter amado...”

Hoje tem jogo da $ele$$ão Brasileira, eu não sei o nome de três convocados e nem quero saber.
Eu quero que se lasquem, os kakás, os ronaldinhos gaúchos, os júlios batistas, os dungas e outros, que ficam ricos lá fora e vêm curtir suas velhices e aposentadorias, em clubes do “Meu País”!!...Eu amava a Seleção Brasileira, quando eu ouvia as entrevistas nas rádios e reconhecia as vozes dos jogadores, até de outros clubes e todos eles eram Brasileiros.
Como se não bastasse, os cantores, os atores, os artistas, as mulheres musas, as vaquinhas e os valores humanos, ainda me tomaram a minha Seleção Brasileira.

Seleção Brasileira!!!...Não importa se foi, ou não foi, Campeã do Mundo, mas, a verdadeira Seleção Brasileira, pra mim, ainda tem como titular, além do Capitão, Zico, craques como Júnior. Grande Capacete!! Esta semana, o Maestro foi visitar outro ícone do futebol nacional, o também grande, Nilton Santos, que passa por um momento difícil, internado numa clínica no Rio, de onde, se Deus quiser, há de retornar para a santa paz de seu lar.
Nilton Santos, para os mais novos, que não o conhecem, jogou no antigo clube, chamado Botafogo, hoje o Goitacáz de jerenal severiânus. Acreditem, esse extinto clube, hoje com novo nome e com só 10 torcedores, já possuiu mais de 20 mil. É,....é verdade!!
Saúde para o grande Nilton, é o que desejo.

O Mais Querido do Planeta:
Amanhã, teremos a estréia de dois candidatos a “Jogadores do Flamengo”.
Não tem essa de nervosismo, de ansiedade, de frio na barriga e de primeira partida. Tem que dar conta do recado.
As pessoas são dividas em dois grupos: Os “capazes” e os “incapazes”. Se o cara sabe fazer, chega e faz. Se não sabe, pede pra sair. Se souber fazer, a Nação reconhece, apóia e aplaude, mas, se não souber, a Nação tira, lima, corta, elimina, execra!!! Ninguém engana a Maior Torcida do Planeta!!

E o pai Jair de Ogun, entrou numa de ensinar ao Obina, duas simpatias, para quebrar a demanda, a mandinga, também conhecida como “olho de jipe”, que, supostamente, foi jogada nele, por uma ex-mulher, que esta fazendo com que “as bolas do Obina não entrem”. Tem cabimento?!
Obina, meu caro; Pior que mandinga de "ex-amante-mulher", é mandinga de "ex-amante-travesti”. Tem ex-jogador por aí, que teve seu nome amarrado por três travecos e, pra começar a maré de falta de sorte, pisou num gambá e está fedendo tanto, que nenhuma outra “mulher de verdade”, irá quere-lo por amor. Só por seu sêmem, que lhe trará sua grana e sua pensão alimentícia.
Pois eu fui conversar com Pai Macaxêra de Mengolodum e ele recomendou a seguinte simpatia ao Obina; Procure esta ex-mulher, dê-lhe uma boa cepoada. Leve a neguinha para um motel de terceira categoria, mande uma baita chulapada, das nove da noite às nove da manhã e não esqueça da prorrogação. Passe um azeite de dendê no seu acarajé e meta no vatapá dela, depois no caruru (com toda força, até o talo), arrombe seu mungunzá, depois faça a bruaca cair de boca na tapioca até beber a água de côco. Estronche o tabuleiro da baiana, sem pena, até ela rasgar o piú e te pedir perdão pelo que fez.
Se fizer do jeito que Pai Macaxêra falou, “as bolas vão entrar”,...literalmente!! Ele garantiu que o santo dela vai subir e nunca mais vai querer baixar no seu terreiro.

Amanhã, o Mengão joga com o time reserva. Cuca vai poupar os jogadores titulares, que já jogaram o impressionante, acreditem, número recorde de 4 partidas.
Tudo bem. Vou ficar na minha. Só vou lembrar que, pra ser reserva no Mengão, o cabra tem que ter disposição para ser titular em todos os outros timecos do mundo, mesmo que lhe falte futebol e categoria.
Olha lá, heim, seu Cuca!!!...Ái, ái, ái !!!
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Este texto teve o patrocínio de
---Restaurante Zé Bedeu---
Onde “seu Cuca é Eu”.