sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Ele voltou…


Zé Roberto está de volta ao futebol brasileiro, depois de uma passagem bastante ruim pelo Schalke e de uma vida aborrecidíssima em Gelsenkirchen - uma das piores cidades da Europa e uma das mais deprês do universo.
É um bom jogador, poderia ser titular em quase todas as equipes do Brasil, mas não adianta tapar o sol com a peneira: ele cria problemas fora de campo por onde passa e isso sempre acaba prejudicando o desempenho em campo.

Mesmo assim continuo achando a contratação válida. Por que?
Porque ela passa por algo fundamental a qualquer sucesso profissional: “comprometimento”. Esta é uma palavra muito usada em administração. É um dos segredos de uma equipe eficiente: comprometimento. E a chegada de Zé Roberto à Gávea se diferencia da grande maioria das contratações do nosso futebol porque ela parte de um compromisso pessoal. Cuca foi buscar o jogador, que estava louco para voltar e queria uma chance. Certamente os dois bateram bons papos antes de irem aos números. Zé assumiu um compromisso com seu velho amigo.

Pode ter certeza: para pedir à diretoria que abrisse os cofres e para dar a cara a tapa desta maneira; o treinador ouviu do jogador o que queria. Zé Roberto deu a sua palavra a Cuca de que, se fosse resgatado, entraria nos eixos e viraria uma peça importante na temporada rubro-negra.
Futebol para isso ele tem. Juízo às vezes falta. Mas desta vez, com este histórico na contratação, tudo se torna um pouco diferente.

Zé está imunizado contra novas bobagens extra-campo? Não.
Mas, sem dúvidas, ele chega “comprometido“ e isso pode ser fundamental.