segunda-feira, 31 de março de 2025

Notas Sobre a Estreia

 

Salve, Buteco! Bem, que o jogo seria duro até as pedras já sabiam, certo? Mas talvez tenha surpreendido muita gente (eu incluso) como o jogo foi amarrado até o gol do Inter. Gol que surgiu na primeira e única (salvo engano) finalização a gol do nosso adversário na partida. Um erro coletivo nascido da perda de bola de Léo Ortiz (que voltou trotando) no ataque e que também passou pela falta de recomposição de Luiz Araújo, na falta de combatividade de Wesley, que deixou Bernabei cruzar, e na falta de leitura da urgência da jogada por parte de Alex Sandro, que deixou Bruno Henrique (volante ex-Palmeiras) livre para finalizar cara a cara com Rossi e abrir o placar.

Até então, o Flamengo não conseguia acelerar e nem imprimir intensidade ao seu jogo. Estava amarrado pela linha de 5 do Inter. Muito embora SuperFili tenha declarado, na coletiva pós-jogo, que o time se adaptou rapidamente a essa inovação tática, incomum no time de Roger Machado, a verdade é que a mudança de postura só ocorreu na volta do intervalo. No terço final do primeiro tempo, o Inter estava melhor até as equipes descerem para o vestiário.

Talvez algumas escolhas tenham sido equivocadas, como bem observou o competente Raphael Rabello, do Falando de Tática:

Filipe mudou o bloco alto. Inicialmente marcando zonal e depois com um encaixe, na minha visão errado, com o BH encaixado no Fernando e o LA batendo com o zagueiro Juninho. Com isso, Bernabei é o homem livre. Precisa ajustar esse encaixe e ser mais intenso nessa subida de bloco.
Construindo, falta velocidade na circulação da bola. Com a linha de 5 do Inter, usar os lados ficou um pouco mais complicado. Gerar dinâmicas de cruzamentos antecipados pode ser interessante, já que o Flamengo tem vencido os duelos aéreos ofensivos.
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Mas como eu ia dizendo, o time foi outro na volta do intervalo. E depois do empate com Léo Pereira, a virada não veio por um detalhe. Juninho já havia perdido gols na primeira etapa e por muito pouco não marcou o segundo gol rubro-negro. A trave atrapalhou. 

Nosso novo atacante é um jogador muito bom no plano tático - velocidade, força, movimentação, combate à saída de bola adversária e posicionamento para finalizar. Muitas valências. Só que, até aqui, falta qualidade justamente no toque final.

Aliás, algo bem curioso acontece com a sua bola aérea ofensiva. Normalmente, o mais difícil é o jogador acertar a posição para finalizar e o tempo de bola para da cabecear. Nada disso é problema para o nosso Xereca, e sim o último toque, aquele que faz a bola descansar no fundo da rede. 

Espero que seja apenas aquela dificuldade natural de quem está se adaptando. O certo é que, enquanto essa fase não for superada, o ideal é o Flamengo não depender das finalizações do nosso novo centroavante.

Filipe Luís x Roger Machado começa a se tornar um novo clássico entre treinadores brasileiros. As três partidas até aqui (1x1, 3x2 e 1x1) foram marcadas por duelos táticos de alto nível, com movimentos e respostas interessantes de ambos os lados, e muita alternância de domínio entre eles nessas três partidas. 

Contudo, em que pese o quadro de equilíbrio, prefiro SuperFili e acho que, no sábado à noite, os desfalques pesaram mais para o lado rubro-negro. O Flamengo esteve muito mais perto da vitória. Um pecado a bola do Juninho não ter entrado.

O treinador gaúcho evoluiu a olhos vistos. Parece um novo profissional desde a sua passagem pelo Juventude, em 2024. Muito mais consistente, atualmente o vejo como o maior adversário do nosso dublê de ídolo e técnico. Todavia, nota-se que, apesar de já ter um tempo de estrada, ainda precisa amadurecer. 

A agressão gratuita a Jorge Jesus é prova disso. Além de haver sido impreciso (pois quem pediu o telão foi Paulo Sousa), Roger foi ao mesmo tempo grosseiro, xenofóbico e corporativista.

Totalmente desnecessário...

O Mais Querido agora precisa virar a chave e pensar no Deportivo Táchira, adversário da próxima quinta-feira, pela estreia na Libertadores (Grupo C), no Estádio Polideportivo de Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, Venezuela. Fala-se na volta de Gérson, o que, se vier a ser confirmado, já será uma tremenda mão na roda. Precisamos muito do nosso Capitão Coringa.

Convenhamos, algumas peças não funcionaram bem no jogo de sábado. Arrisco dizer que Michael e Luiz Araújo estiveram bem abaixo. Será que foi a maldição da Data FIFA? Aquela que faz com que o Flamengo sempre jogue mal no primeiro jogo seguinte?

Vi torcedores criticando SuperFili e a decisão de jogar em uma espécie de 4-2-4, com a penas dois meias (Pulgar e De la Cruz). Podem até estar certos. Só que nosso treinador estava entre a cruz e a espada. Contra um adversário tão forte contra o Inter, optar, por exemplo, por Allan no meio poderia ter sido fatal, a despeito da inegável subida de produção do volante neste ainda início de temporada/2025.

No frigir dos ovos, e apesar da perda de 2 pontos na estreia em casa, a frustração traz pelo menos o "lado bom" de conter a euforia e o oba-oba. É melhor mesmo que todos fiquem bem alertas. O elenco tem carências que só poderão ser supridas nas janelas do Super Mundial e na seguinte (segunda), ambas em tese com bem mais possibilidades do que a dos campeonatos estaduais do Brasil (atualmente em curso). Até lá, o Flamengo terá que se virar com o que tem.

Vou ficando por aqui. Na quarta-feira subirei o tradicional post sobre o adversário gringo da Libertadores.

A palavra está com vocês.

Uma ótima semana pra gente.

Bom dia e SRN a tod@s.

sábado, 29 de março de 2025

Flamengo x Internacional

 

Campeonato Brasileiro/2025 - Série A - 1ª Rodada

Sábado, 29 de Março de 2025, as 21:00h (USA/ET 20:00h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

FLAMENGORossiWesleyLéOrtiz, LéPereire AleSandro; Erik Pulgar, NicDlCruz e Luiz Araújo; MichaelJuninhBrunHenrique. Técnico: Filipe Luís Kasmirski.

Internacional: Rochet; Aguirre, Vitão, Juninho e Bernabei; Fernando, Bruno Henrique, Vitinho,  Alan Patrick e Wesley; Enner Valencia (Santos Borré). Técnico: Roger Machado.

Arbitragem: Davi de Oliveira Lacerda (AB/SE), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Neuza Inês Back (FIFA/SP) e Douglas Pagung (AB/ES). Quarto Árbitro: Arthur Gomes Rabelo (AB/ES). Árbitro de Vídeo (VAR): Caio Max Augusto Vieritra (AB/GO). Assistentes VAR (AVAR) 1 e 2: Fabrício Porfírio de Moura (AB/SP) e Ilbert Estevam da Silva (AB/SP). Observador de VAR: Raimundo Nonato Lopo de Abreu (Assessor/CBF/DF). Assessora: Silvia Regina de Oliveira (Assessora/CBF/SP). Inspetora: Eveliny Pereira de Almeida da Silva (Assessora/CBF/SP). Quality Manager: Maria Victoria Benetti Vargas (Assessora/CBF/RJ) (CBF/RJ). Delegado Local: Marcelo Carlos Nascimento Vianna (CBF/RJ).

Transmissão: Sportv (TV por assinatura) e Premiere (sistema pay-per-view).

Esquenta: Flamengo x Internacional, pela 1ª Rodada do Campeonato Brasileiro/2025. Vai Começar o Brasileirão!

 

Salve, Buteco! A temporada (de verdade) finalmente vai começar! A vida de torcedor tem sentido por causa dos grandes jogos, dos maiores desafios, da aspiração pelas maiores glórias e conquistas.

Ao longo da História, Flamengo e Internacional já se enfrentaram por 110 vezes, contando competições oficiais e amistosos, num clássico que é marcado por uma rivalidade saudável, se comparada com outros confrontos do Mais Querido contra rivais locais e do restante do Brasil. O Internacional é um dos rivais cuja torcida recebe e se confraterniza com a rubro-negra sem episódios de hostilidade.

No retrospecto, o Colorado leva vantagem de uma vitória (39x38), o que torna o jogo de hoje uma oportunidade para o Flamengo voltar a igualar a contagem. Nesse cenário de equilíbrio, há nuances em favor de cada um dos protagonistas do clássico. O Inter tem mais placares elásticos e por isso um saldo de gols (156x142) desproporcionalmente favorável ao apertado retrospecto. Já o Mais Querido prepondera em decisões e competições mata-mata, especialmente nas mais relevantes e inclusive em jogos decisivos e retas finais de edições do Campeonato Brasileiro de pontos corridos.

Mas a característica mais marcante do clássico talvez seja a preponderância dos mandantes, porém com uma importante vantagem em favor do Flamengo. Ao menos em jogos oficiais, se (como eu vinha dizendo) o Inter tem mais placares elásticos, especialmente, embora não exclusivamente, como mandante, o Flamengo tem proporcionalmente um melhor aproveitamento nesse recorte (mando de campo). Vejam esses dados do site OGol:


Flamengo em casa

Jogos

Flamengo

Empates

Internacional

Total

41

24 (59%)

9 (22%)

8 (20%)

Internacional em casa

Jogos

Flamengo

Empates

Internacional

Total

48

6 (12%)

17 (35%)

25 (52%)


Pelo Brasileirão, em 38 jogos disputados o Flamengo, como mandante, venceu 19 vezes, perdeu 8 e ocorreram 7 empates, o que corresponde a um aproveitamento de 53%.

Só que estatística não ganha jogo, a gente bem sabe, e o rival de hoje à noite aparenta estar com o elenco "mais inteiro" para a estreia na competição. O Mais Querido teve duas baixas importantes nas profundezas da última Data FIFA: Gérson e Arrascaeta. O Capitão Coringa teve "apenas uma contratura", espécie de lesão mais leve, enquanto o xodó Cannabis Charrua teve detectada uma lesão importante na coxa direita.

Danilo foi outra baixa, porém não decorrente da Data FIFA. Ocorre que a lesão também se localiza na coxa direita, o que remete, inevitavelmente, às dúvidas quanto às cargas administradas nos treinamentos físicos.

Felizmente, nem tudo é má-notícia. Wesley, Varela, Alex Sandro, De la Cruz e Plata submergiram intactos das profundezas da Data FIFA e, com o retorno do ídolo Bruno Henrique, o "Rei dos Clássicos", acredito que será possível montar uma escalação competitiva o suficiente para colher os três pontos hoje à noite.

E para atrair vibrações positivas, uma inserção do Túnel do Tempo neste Esquenta, com um desafio para o amigos. Vamos ver quem consegue identificar, sem colar (detalhe importante), os anos das seguintes vitórias do Mais Querido sobre o Colorado no gramado do Maracanã, todas em jogos pelo Campeonato Brasileiro:

Sim, o Flamengo ganhou (2x1), só não existem imagens dos gols rubro-negros...










É claro que eu dei uma misturada para complicar, né? Vocês queriam o quê? Ordem cronológica? Menos, né? Mas para provar que não sou perverso, o último é uma barbada e um especial oferecimento da Casa, para que ninguém, nem mesmo os mais desmemoriados, fique zerado na contagem.

O Ficha Técnica subirá as 19:00h, a bola rolará as 21:00h e a palavra, como sempre, está com vocês.

Bom FDS e SRN a tod@s.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Coluna do Carlos César - FILI PASSOU NO VESTIBULAR. AGORA, VEM A PEDREIRA DA ‘FACULDADE’.


 

Olá, Buteco!

O Flamengo é, mesmo, muito dinâmico. Não é a primeira vez que eu planejo um post e, em poucos dias, os fatos atropelam ou tentam atropelar a ideia central imaginada.

Sai pra lá, seleção!

O plano era falar de um Filipe Luís encerrando a fase de vestibulando e iniciando a subida de degraus mais desafiadores, só que, por força das dificuldades da “Seleval” (seleção do Papai Dorival), nosso vestibulando passou a ser cogitado para mais um salto acrobático na carreira de treinador, iniciada no ano passado no Sub-17 do Flamengo.

Fiz minhas provas do vestibular há sessenta anos e imagino que o meu desafio, na época, tenha sido semelhante ao da garotada que hoje em dia encara o ENEM.

Aprovado no vestibular, alimentei a ilusão de ter superado o obstáculo mais difícil para minha formação, até começar a cursar a faculdade e descobrir que o desafio do curso superior era muito maior.

Assim vejo nosso Fili: bem sucedido no vestibular iniciado no segundo semestre do ano passado e encerrado no último jogo do Campeonato Estadual de 2025, ele chega à “faculdade”, onde certamente vai encontrar desafios em patamares mais altos.

Enquanto escrevo o post, novos fatos sobre a “Seleval” podem estar acontecendo e mudando o rumo da prosa, mas vou insistir na análise a que me propus e, confiando na convicta profecia do nosso Thiago Amado, acreditar que o Fili vai continuar no Flamengo, pelo menos nesta temporada.

O Vestibular do Fili

Enquanto acompanhava o trabalho do Fili na pré-temporada que terminou no jogo final contra o Fluminense, considerei que ele estava vivendo um vestibular para a profissão de treinador. Afinal, apesar do sucesso rápido e até dessas conversas sobre poder se tornar técnico da seleção, ele ainda tem todo o direito de ser considerado um novato na função.

No meu modo de ver, cada jogo de 2025 foi um teste para a proposta de trabalho dele, principalmente a partir da fase final da Taça GB, com três clássicos em oito dias, logo seguidos das semifinais e finais do Carioca, com mais quatro clássicos contra adversários que, se não estão no mesmo estágio técnico e tático do Flamengo, sempre apresentam um aguerrimento que exige bastante do nosso time e do nosso treinador.

Na verdade, como indiquei no início deste post, entendo que o vestibular do Fili começou no ano passado, uma vez que, ao assumir o comando do time principal do Flamengo, precisou enfrentar semifinais e finais da Copa do Brasil, inegavelmente um grande desafio para o então vestibulando.


Se o roteiro de provas do vestibular era desafiador, Fili tensionou ainda mais seu desafio ao ser, de forma bastante corajosa, absolutamente transparente na repetida declaração de que a responsabilidade do modelo de jogo era toda dele e que confiava ter elenco suficiente para colocar seu modelo em prática, nas competições que o Flamengo disputaria no primeiro semestre deste ano.

Acham pouco? Desafiando-se muito mais, abriu mão da simplificação de escolher onze titulares e usá-los ao máximo nos jogos de 2025 (priorização do Carioca!!!), impondo-se a obrigação de pensar nas prioridades do time na temporada e de, em favor delas, dosar a minutagem dos jogadores ao longo da pré-temporada, que deliberadamente foi estendida até a final do Carioca, conquistado no dia 16.

Campeões do Brasileirão - Pontuação e Aproveitamento

A prioridade definida para 2025 pela direção do Flamengo é a conquista do Brasileirão. Recordemos, então, as pontuações e os aproveitamentos conseguidos pelos campeões brasileiros nos últimos cinco anos:

2024 – Botafogo – 79 pontos – 69,3%

2023 – Palmeiras – 70 pontos – 61,4%

2022 – Palmeiras – 81 pontos – 71,1%

2021 – Atlético MG – 84 pontos – 73,7%

2020 – Flamengo – 71 pontos – 62,3%

Resultados Já Conseguidos pelo Fili

A) Resultado Total

Sob o comando do nosso vestibulando, o Flamengo disputou 27 jogos oficiais, conseguindo os seguintes resultados:

19 vitórias

7 empates

1 derrota

Aproveitamento médio: 79,0% (64 pontos de 81 disputados, considerando o critério de 3 pontos por vitória e 1 ponto por empate, inclusive nos jogos de mata-mata e na Supercopa).

Potencial projetável para 38 jogos do BR: 90 pontos

B) Resultado na Amostragem do Brasileirão 2024

No início do vestibular do Fili, o Flamengo disputou 11 jogos do Brasileirão 2024, conseguindo os seguintes resultados:

6 vitórias

4 empates

1 derrota

Aproveitamento médio: 66,7% (22 pontos em 33 disputados)

Potencial projetável para 38 jogos do BR: 76 pontos

C) Resultado em Jogos Contra Times da Série A (incluindo os de mata-mata)

Brasileirão 2024: 11J – 6V – 4E – 1D

Copa do Brasil 2024: 4J – 3V – 1E

Supercopa do Brasil 2025: 1J – 1V

Carioca 2025: 7J – 5V – 2E

Total: 23J – 15V – 7E – 1D

Aproveitamento médio: 75,4% (52 pontos em 69 disputados)

Potencial projetável para 38 jogos do BR: 85 pontos

D) Jogos em Casa e Fora de Casa

No Brasileirão 2024, o Flamengo fez cinco jogos em casa e seis fora de casa.

Nos confrontos de mata-mata da CB2024, foram dois jogos em casa e dois fora.

Portanto, essas duas séries de jogos podem ser diretamente consideradas para fins de alguma projeção para o Brasileirão 2025, porque há equilíbrio entre jogos em casa e fora de casa. Elas apresentam os seguintes resultados totais:

Aproveitamento médio: 71,1% (32 pontos em 45 disputados)

Potencial projetável para 38 jogos do BR: 81 pontos

Na amostragem “C”, a que inclui jogos do Carioca, não há equilíbrio entre jogos em casa e fora de casa, porque o Flamengo jogou a maioria das partidas do Carioca no Maracanã, até mesmo em algumas em que não foi mandante. Por esse motivo, mesmo levando em conta o grau de dificuldade das partidas do Carioca consideradas na amostragem “C” (sete clássicos), vejo-a como menos apta a uma comparação com o cenário do Brasileirão.

À luz dos resultados numéricos acima apresentados (potencial de pontuação variando de 76 a 90 pontos), vemos que o Flamengo teve, sob o comando do Filipe, aproveitamentos que, se mantidos a partir de agora, o credenciam a brigar pelo título do Brasileirão, prioridade definida pela direção do clube e por parte considerável da Nação Rubro-Negra.

Futebol Jogado

Dando um desconto a alguns endeusamentos precoces do Fili e do time (até alguns “antis” anunciam que estamos numa fase “rumo a Tóquio”), há um grande reconhecimento, na imprensa esportiva e nas redes, de que o Flamengo joga um futebol de bom nível, superior, neste momento, ao da maioria dos adversários que o time enfrentará no Brasileirão e na Copa do Brasil (prefiro não analisar, por ora, a Libertadores).


Há merecidos elogios à qualidade na saída de bola, à inegável competência da nossa última linha em quebrar linhas adversárias, com passes verticais que partem dos nossos zagueiros e volantes, e à intensidade e competitividade do time.

Acrescento a isso tudo a boa e rápida assimilação do modelo de jogo, não apenas pelos jogadores titulares, mas também pelos principais reservas e há, nisto, grande mérito do nosso jovem treinador.

O que falta para o time ficar ótimo?

Falta principalmente, na minha opinião, ser mais contundente, como pedia o Sampaoli e peço eu, para matar os jogos mais cedo porque, conseguindo resolver os jogos mais cedo, o Flamengo poderá ter importantes ganhos físico e mental e assim se fortalecer ainda mais para ser efetivo candidato aos grandes títulos.

A Pedreira da “Faculdade”

Tendo superado com brilho o intenso vestibular a que foi submetido, Fili entra agora numa fase de desafios ainda maiores e, para não fugir ao que parece ser o seu destino, começa logo com um Everest pela frente: Brasileirão com vários times fortalecidos (alguns turbinados por SAFs e alguns por ausência de fair play financeiro), Libertadores com LDU na altitude e, para dar um tempero especial à temporada, um inédito Super Mundial, que vai exigir muito do nosso time (não creio em desinteresse do clube pela disputa “à vera”, até onde der) e que tende a favorecer os adversários que ficarão no Brasil se preparando para o segundo semestre (os quatro participantes brasileiros, Flamengo, Palmeiras, Fluminense e Botafogo, devem pagar algum preço, que só conheceremos integralmente no fim da temporada).

Pensando nas forças e fraquezas do Flamengo, ainda vejo como obstáculo importante o elenco curto, algo de que já falei muito, aqui no Buteco.

Felizmente o presidente BAP deu boa notícia a esse respeito, na recente reunião do Conselho Deliberativo, ao informar que o clube entendeu que um elenco com 26 jogadores é insuficiente para o enfrentamento “à vera” de todas as grandes competições de que o Flamengo participará.

É de se esperar, portanto, que a partir da janela especial que antecederá o Super Mundial, o Flamengo vá ao mercado e traga bons reforços, já então sob a orientação de um trabalho de scout que não estava disponível nas contratações do início do ano (Juninho e Danilo).

E aqui, embora o foco do post seja o trabalho do Fili e sua evolução, cabe registrar que ele não está sozinho, porque os sinais que vêm de José Boto e BAP indicam que nosso treinador tem e continuará tendo suporte para sua missão de levar o time principal do Flamengo a grandes conquistas, já em 2025.

Pensando nas forças dos adversários, considero importante levar em conta o fortalecimento de alguns deles nos últimos tempos, a vantagem de Atlético MG, internacional e outros por não jogarem o Super Mundial e o fato de que o Flamengo do Fili já foi estudado e vai continuar sendo.

Afinal, Fili é um treinador novato que, pelo sucesso precoce, começa a se tornar “o cara a ser batido”, algo que imagino incluir três exigências, quanto ao trabalho dele na preparação do Flamengo, a partir de agora:


1) Evoluir muito no domínio, pelos jogadores, de posições e movimentos defensivos e ofensivos, para continuar surpreendendo os adversários e limitando suas capacidades.

2) Vencendo síndrome crônica a esse respeito, aumentar bastante a contundência do time (isso inclui melhora do rendimento dos nossos meias no terço final e bom aproveitamento do potencial do Pedro, a partir de seu retorno).

3) Manter o time muito bem condicionado fisicamente, porque o modelo que o Fili adota depende sempre de alto rendimento físico.

Creio que, apesar das grandes dificuldades que o Fili vai passar a enfrentar e da necessidade de evolução do time para consolidar-se como candidato a mais títulos, a análise de resultados e de desempenho feita neste post e a noção de que é possível evoluir nos permitem alimentar a expectativa de novas conquistas nesta temporada, principalmente a do Brasileirão.

Listei, acima, três exigências que julgo necessário atender, para que o Flamengo alcance, em 2025, o grande sucesso que esperamos.

E vocês? Pensando no restante da temporada e no sonho das grandes conquistas em 2025, que evoluções acham as mais importantes para o nosso time?

Saudações Rubro-Negras.

Carlos César Ribeiro Batista